Seus olhos se abriram no partir do pão (Lucas 24,13-35)
Pregador: Padre Adriano Zandoná
Hoje, quero convidar você para uma jornada que, talvez, você já esteja fazendo sem perceber: é a caminhada para Emaús, baseada na passagem de Lucas 24,13.
E, nessa história, existem dois discípulos. Um se chama Cléofas. E o outro? O outro não tem nome na Sagrada Escritura. Sabe por quê? Porque o segundo discípulo é você, sou eu, é cada um de nós. Nós somos esses discípulos caminhando, muitas vezes, tristes e desanimados, tentando entender o sentido de tudo.
A cegueira da decepção
Veja bem como estavam aqueles discípulos de Emaús: tristes, desanimados, discutindo pelo caminho. Eles estavam profundamente frustrados e decepcionados. Por quê? Porque eles tinham colocado toda a confiança em Jesus, mas, na compreensão humana deles, Deus tinha falhado.
Eles esperavam um libertador político, alguém que os livrasse dos impostos romanos, mas o plano de Deus era infinitamente maior: libertá-los do pecado.
Quantas vezes nós não somos assim? Vivemos uma perda, o fim de um relacionamento, a falência de uma empresa… E olhamos para o céu dizendo: “Parece que Deus falhou. Eu estava esperando, e Deus não fez”.
A Palavra diz: “os seus olhos, porém, estavam como que vendados, incapazes de reconhecê-lo”.
Eu vou dizer para você: quando a decepção e a tristeza dominam seu coração, seus olhos ficam impedidos de ver Jesus caminhando ao seu lado. Por quê? Porque você fixa os olhos no seu problema, na sua dor, no seu pecado.
Cuidado, porque, às vezes, o sofrimento o torna egoísta. Você só vê a si mesmo. Mas o importante não é o tamanho do seu pecado ou da sua dor, mas o que Jesus fez na cruz por você.
Levantar a cabeça e fixar os olhos em Jesus
Mesmo eles com os olhos vendados, o que Jesus faz? Ele entra no caminho deles, caminha com eles. E Jesus está caminhando com você hoje!
Para enxergar, você precisa de uma atitude: levantar a cabeça! Você precisa tirar os olhos de si mesmo. Como diz São Paulo: “Buscai as coisas do alto”.
O centro da sua vida não pode ser o seu sofrimento. Talvez você não consiga enxergar a obra-prima que o Artista está fazendo na sua vida. Mas confie! O que Ele está fazendo é perfeito, e, na hora certa, Ele vai lhe mostrar.
Caminhar com Jesus é viver em oração
Ninguém caminha com Ele se não reza. A oração verdadeira opera três maravilhas em nós:
Desapega das criaturas: a oração nos liberta das amarras do mundo, do apego às pessoas, ao dinheiro, à nossa própria imagem, que nos impedem de nos unir a Deus.
Une totalmente a Deus: a oração gera comunhão, unidade de mente, vontade e oração com o Senhor. E como dizia São Padre Pio, “nada o demônio teme mais do que uma alma unida a Deus”.
Transforma progressivamente em Deus: Através da oração, a alma é gradativamente transformada em Deus. O que era seu diminui, e o que é de Cristo cresce em você.
E não se esqueça: a melhor oração que existe é a sua! É a que você faz, não a que você sonha em fazer. É uma relação concreta, de visitar o Santíssimo, de ler a Palavra, de rezar o terço.
Deixando o coração queimar
Enquanto caminhava, Jesus, pacientemente, explicou as Escrituras para eles. E qual foi o resultado? Mais tarde, eles disseram um ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as escrituras?”.
É isso que a Palavra de Deus faz! Ela queima, ela purifica, ela traz sentido.
Por isso, eu lanço um desafio a você: seja um guardião da Palavra que será semeada no seu coração. Não deixe nada roubar de você essa palavra! Lute contra o “distraidor”, como diziam os padres do deserto, aquele que quer vê-lo “viajando na maionese” enquanto Deus fala com você.
Assista a pregação:
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