Até que a morte nos separe
Frei Gilson pregou para os casais sobre o tema “Até que a morte nos separe” e falou sobre o compromisso sagrado do matrimônio.
O tema da minha pregação é “Até que a morte nos separe”. Se você está com seu cônjuge, diga: “Até que a morte nos separe”, e lembre-se: não vale desejar a morte, ok? (risos). Vamos refletir sobre o que isso significa para os casais cristãos e para o casamento na Igreja.
No Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 1601, é afirmado que a aliança matrimonial é um compromisso para a vida toda. O casamento é uma comunhão de vida que não pode ser desfeita. Isso nos leva a pensar sobre a diferença entre o casamento civil e o casamento na Igreja. O casamento civil, em muitos casos, é visto como um contrato com a possibilidade de separação, caso as coisas não funcionem. “Até onde der certo”, pensam muitos. “Metade é minha, metade é sua”, como se houvesse um plano de contingência para o fim do relacionamento.
Já o casamento na Igreja é um compromisso para a vida inteira. Antes de decidir casar na Igreja, é fundamental refletir sobre esse compromisso profundo e permanente. O casamento na Igreja não é apenas uma formalidade religiosa, é um pacto diante de Deus que exige consciência de sua indissolubilidade. Casar-se sem a convicção de que é para a vida toda não é uma escolha sábia.
Catecismo
O Catecismo de 1611 fala da aliança de Deus com Israel, com a imagem de um amor conjugal exclusivo e fiel. Essa aliança prepara o povo de Deus para entender o matrimônio como uma união única e indissolúvel. Jesus ensinou a respeito da indissolubilidade do matrimônio, e esse é o modelo que devemos seguir. Em Mateus 19,6, Jesus afirma: “Assim já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o que Deus uniu”. A união do casal é divina e não deve ser quebrada por nenhum motivo. Se Deus uniu, ninguém tem autoridade para separar.
Para aqueles que não casaram na Igreja, é importante refletir sobre essa união. O Catecismo nos lembra que a união feita por Deus só é válida quando o casamento é sacramentado na Igreja. Para aqueles que vivem juntos sem o casamento formal, a Bíblia, em Gálatas 5,19-21, fala sobre a fornicação, que é o pecado do sexo fora do casamento. Quando Deus une, o casal passa a ser uma só carne, com o corpo e a alma santificados.
Sobre o casamento
Em Malaquias 2,13-16, vemos como Deus considera a infidelidade no casamento. O casamento é uma aliança, e quando somos infiéis a essa aliança, estamos desonrando a vontade de Deus. A aliança do casamento é um sinal de amor e compromisso, e deve ser preservada com fidelidade.
Em Mateus 5,17-18, Jesus nos ensina que Ele não veio abolir a lei do Antigo Testamento, mas cumpri-la e levá-la à perfeição. A permissão de divórcio dada por Moisés foi uma concessão devido à dureza dos corações, mas Jesus nos chama a viver a perfeição do amor conjugal, como Deus planejou desde o começo.
A violência e a injustiça não devem ter lugar em um casamento, e é importante lembrar que, em casos extremos de violência doméstica, a pessoa precisa se proteger e buscar ajuda.
O casamento é uma jornada de amor e fidelidade, onde cada dia é uma oportunidade de reafirmar o compromisso diante de Deus. Portanto, se você está casado, lembre-se: “Até que a morte nos separe”. E se você ainda não se casou, pense bem sobre o compromisso que está assumindo. O casamento na Igreja é uma aliança sagrada, e é para a vida toda. Que Deus abençoe todas as uniões e que, através delas, possamos viver a plenitude do amor que Ele nos ensinou.
Assista a pregação completa:
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