Adoração fonte da vida interior | Exército de São Miguel

Adoração, fonte da vida interior

Quando Deus quer falar, precisamos estar prontos para ouvir. Para isso, é necessário fazer silêncio: tanto o silêncio exterior quanto o silêncio interior. A Escritura nos ensina que há um tempo para cada coisa: um tempo para falar e um tempo para ouvir.

“São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate. Sede o nosso refúgio contra as maldades e as ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos. E vós, Príncipe da Milícia Celeste, pela virtude divina, precipitai no inferno a Satanás e a todos os espíritos malignos que vagueiam no mundo para a perdição das almas.”

São Miguel, São Gabriel, São Rafael, Santo Anjo da Guarda, rogai por nós.

O tema que abordamos é fundamental: a adoração como fonte da vida espiritual e da vida interior. Essa vida divina que corre dentro de nós é nosso sustento, é o que nos mantém de pé.

Vida espiritual

O livro dos Provérbios nos ensina uma verdade poderosa: se o corpo adoece, mas a alma está forte, conseguimos atravessar qualquer prova. Quantas pessoas, mesmo diante de doenças graves, como o câncer, mantêm o brilho nos olhos, porque sua alma está em pleno vigor! Por outro lado, quando o corpo está forte, mas a alma está fraca e abatida, fica difícil seguir em frente. O que realmente nos sustenta é a vida divina dentro de nós.

Uma história que sempre me toca é a de Immaculée Ilibagiza, uma mulher africana que sobreviveu ao genocídio de Ruanda. No livro “Sobrevivi para Contar”, ela narra as atrocidades que enfrentou: a perda de sua família, a violência física e psicológica, os meses escondida em um banheiro minúsculo com outras mulheres, sem comida, sem água, ouvindo os horrores acontecendo ao redor.

E, incrivelmente, anos depois, ela disse algo impressionante: “Senti saudades daquele banheiro”. Como alguém poderia sentir saudades de um lugar de tanto sofrimento? Porque foi ali, naquele confinamento, que ela experimentou a presença e o poder de Deus como nunca antes. Assim como nós, durante tempos difíceis, descobrimos que a verdadeira vida é a vida interior, a vida divina em nós.

Essa é a vida que se iniciou em nós no batismo, quando nos tornamos filhos de Deus. Como diz o Evangelho: “Não temam aqueles que podem matar o corpo, mas sim aquele que pode destruir a alma.” A morte física é um destino inevitável para todos, mas a morte eterna é a que realmente devemos temer.

Portanto, fortaleçamos nossa vida interior. Busquemos a adoração, a oração e a intimidade com Deus, pois é essa presença divina que nos sustenta e nos dá forças para atravessar qualquer deserto.

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