Da conversão ao martírio: Deus em primeiro lugar na sua vida
Bom dia! Eu quero convidar você agora: mexe assim nos olhinhos como quem está tentando ver direito. Você não está com problema de visão, você está vendo bem. Eu não sou o padre Fábio de Melo. Infelizmente, por um problema de saúde, ele não pôde estar conosco, mas eu tenho certeza de que Deus quis que nós o presenteássemos com a nossa oração nesta manhã.
Mas eis-me aqui! Como filho espiritual de Padre Jonas Abib, aprendi a disponibilidade para a missão. O tema não mudou: Da conversão ao martírio. Vira para quem está do seu lado e fala com carinho: “Meu irmão, você precisa de conversão, viu?”.

Alexandre Oliveira – Foto: Arquivo Canção Nova
O que é a verdadeira conversão?
Nós precisamos entender o que é conversão para além da mudança de comportamento. São João Paulo II, em suas anotações pessoais reveladas no livro Estou nas mãos de Deus, escreveu em 1962: “A conversão, em qualquer ato, deve consistir em encontrar a posição de Cristo, nosso Senhor”.
Presta muita atenção nisso: A conversão é encontrar a posição de Jesus em nossas vidas. É reposicionar o Senhor, é dar a Ele o devido lugar.
A conversão é encontrar a posição de Jesus em nossas vidas.
A Prevalência de Deus
Padre Jonas Abib, nosso pai fundador, tinha o mesmo entendimento. Ele nos ensinou que viver a santidade é viver a “prevalência de Deus”. E o que é isso? É colocar Deus em primeiro lugar. Sempre, em tudo na nossa vida!.
Não é dar o segundo, nem o terceiro lugar. É o primeiro! E não somos nós que fazemos isso sozinhos pela nossa força. O Catecismo ensina que a conversão é, antes de tudo, uma obra da graça de Deus que reconduz nossos corações a Ele. É o Espírito Santo nos reconduzindo!
As três conversões de Pedro (e as nossas)
Olhando para São Pedro, o primeiro Papa, vemos um homem fascinante e cheio de fragilidades, assim como eu e você. A vida dele nos ensina sobre as etapas da nossa caminhada.
1. O encontro e a euforia
Lembram-se da pesca milagrosa em Lucas 5? Pedro diz: “Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um pecador”, mas depois deixa tudo e segue Jesus. Essa é a nossa primeira conversão! Aquele momento em que Jesus entrou na sua vida, talvez num acampamento, num grupo de oração, e tudo mudou. A fé entrou no seu cotidiano, você se tornou uma criatura apaixonada! Que alegria ser de Jesus!.
2. A crise e a purificação
Mas a vida não para por aí. Em Lucas 22, Jesus avisa que Satanás pediu para peneirar Pedro como trigo. E Pedro, que prometeu ir até a morte, negou Jesus. Este é o momento da segunda conversão: a purificação passiva dos sentidos. É o momento em que a oração perde o gosto, a crise chega, e somos visitados pela aridez e pela dor.
Talvez você esteja vivendo isso hoje. Nada te toca, dá sono na hora de rezar. Mas entenda: Deus está trabalhando em você! Ele quer levar sua alma à perfeição. Muitos desistem nessa hora, fogem da dor. Mas Padre Jonas nos ensinou: Aguenta firme!. Não jogue a toalha. É Deus te preparando para o Céu.
3. O batismo no Espírito e o testemunho
Em Atos 2, vemos Pedro cheio do Espírito Santo, pregando com uma eficácia sobrenatural. O que aconteceu com aquele homem medroso? Foi a conversão originada pelo Espírito Santo! Essa conversão vai além da dor e do sentimentalismo. Ela nos torna testemunhas. E você sabe o que significa testemunha em grego? Martirium. O mártir é uma testemunha!
Veja também:
:: Fé e conversão
:: “Eis o Deus que me salva” (Is 12,2)
O martírio branco
O tema é “Da conversão ao martírio”. Para alguns, o Senhor pedirá o derramamento de sangue (martírio vermelho). Mas, para todos nós hoje, Ele pede o martírio branco.
São João Paulo II define o martírio branco como: vencer as concupiscências e defeitos.
É aquela luta diária contra a má inclinação, a fofoca, a mentira, o vício, a pornografia. É viver o PHN: Por Hoje Não!. É pagar o preço de ser de Cristo na sua faculdade, no trabalho, na sua casa onde ninguém reza. Pague o preço, meu irmão! Pare de se fazer de vítima. Se você não viver o martírio branco nas pequenas coisas, como suportará o martírio vermelho?.
O fio condutor da fidelidade
Existe um fio que liga a conversão ao martírio: a fidelidade. Eu vejo isso aqui na Canção Nova. Este ano foi difícil, tivemos muitas lutas. Tenho irmãos, como a Luciane e o Ricardo Ida, vivendo o martírio branco na carne, na dor, pedindo a Deus para suportar o sofrimento por amor. Isso é ser homem e mulher de Deus!
Cantar “Hosana Brasil” não é dizer que está tudo lindo e sem problemas. É dizer: “O ano foi difícil, me sinto impotente, mas daqui não saio, daqui ninguém me tira!”.
Alexandre, o Grande, pediu para ser enterrado com as mãos para fora do caixão, para mostrar que nada levamos deste mundo. Nosso pai, Padre Jonas Abib, foi para o caixão há três anos. Ele deu a vida, permaneceu firme até o fim vivendo o martírio branco. E eu posso garantir: ele foi para o Céu de mãos vazias de bens materiais, mas com o coração cheio de Deus!.
É assim que eu e você temos que ir para o Céu. Que Deus seja o primeiro lugar na sua vida hoje e sempre. Amém!
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