Monsenhor Jonas Abib

O sofrimento redentor de Cristo

Deus fez recair sobre Jesus o nosso pecado para nossa salvação

Meditação da Primeira Leitura (Is 52,13;53,12)

Monsenhor Jonas Abib/Foto: Wesley Almeida

A Palavra mais importante dessa celebração é aquela que Jesus pronunciou: “Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito”.

Entregar o espírito, para um Judeu, era entregar-se totalmente, entregar-se ao extremo, e foi isso que Jesus fez em perfeita e total obediência, entregou-se nas mãos do Pai. Jesus não precisava passar por isso, mas Deus sabia que era preciso.

“Assim como muitos ficaram pasmos ao vê-lo, tão desfigurado que não parecia ser um homem ou ter aspecto humano. Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores, cheio de sofrimentos; passando por Ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era, não fazíamos caso dele” (Is 52,13). Isaías, com precisão, revelou o que Jesus passaria e passou.

Os judeus costumavam tampar o rosto para os malditos, para os leprosos; e Isaías disse e realmente aconteceu com Jesus.

Jesus passou a noite apanhando; os romanos deram muitas chicotadas, machucaram muito Jesus, deixando-O uma chaga só. “Mas Ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a punição a Ele imposta era o preço da nossa paz e suas feridas, o preço da nossa cura”.

Estávamos como ovelha desgarrada, cada um conduzindo sua vida do seu jeito, como queríamos; e Deus fez recair sobre Jesus o nosso pecado. O Pai permitiu que isso acontecesse para nos resgatar.

“Foi maltratado, e submeteu-se, não abriu a boca; como cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não abriu a boca.” Ele se submeteu a tudo isso porque sabia que era para nossa salvação. “Sendo contado como um malfeitor; ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores.”

Meditação do Evangelho (Jo 18,1;19,42)

Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do Sumo Sacerdote e entrou com Jesus no pátio do Sumo Sacerdote. Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do Sumo Sacerdote, saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. A criada que guardava a porta disse a Pedro: “Não pertences também tu aos discípulos desse homem? Ele respondeu: “Não”. Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam se aquecendo, pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se. Entretanto, o Sumo Sacerdote interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento. Jesus lhe respondeu: “Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na sinagoga e no Templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas. Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que falei; eles sabem o que eu disse”. Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, dizendo: “É assim que respondes ao Sumo Sacerdote?”. Respondeu-lhe Jesus: “Se respondi mal, mostra em quê; mas, se falei bem, por que me bates?”

Pedro trai Jesus três vezes, diz o Evangelho

“Assim se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer. Então, Pilatos entrou de novo no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe: “Tu és o rei dos judeus?” Jesus respondeu: “Estás dizendo isso por ti mesmo ou outros te disseram isto de mim?”. Pilatos falou: “Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?”. Jesus respondeu: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”. Pilatos disse a Jesus: “Então, tu és rei?” Jesus respondeu: “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”. Jesus afirmou que ele era Rei, mas não rei neste mundo. Hoje, precisamos aceitá-Lo como Senhor e Rei.

Renove o seu propósito e aceite Jesus como o seu Rei e o seu Senhor. Ele é o Senhor! Peça perdão de todos seus pecados e entregue-se a Jesus, queira segui-Lo.

Pilatos disse, pela segunda vez, que não encontrava culpa em Jesus, mas eles estavam como “endemoniados.” O governador romano queria soltar Jesus.

“Eu não encontro nenhuma culpa nele. Mas existe entre vós um costume, que, pela Páscoa, eu vos solte um preso. Quereis que vos solte o rei dos Judeus?” Então, começaram a gritar de novo: “Este não, mas Barrabás!”(..)

Os soldados teceram uma coroa de espinhos e a colocaram na cabeça de Jesus. Vestiram-no com um manto vermelho, aproximaram-se dele e disseram: “Viva o rei dos judeus!” E davam-lhe bofetadas. Pilatos saiu de novo e disse aos judeus: “Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que não encontro nele crime algum”. Então, Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes: “Eis o homem!” Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar: “Crucifica-o! Crucifica-o!”

Receba as informações sobre os Eventos por WhatsApp e Telegram.

Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

Pilatos, mais uma vez, procurava salvar Jesus

Assim procederam os soldados. Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, este é o teu filho”. Depois, disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe”.

O maior presente para João e para todos nós foi Maria.

“Tudo está consumado” era uma expressão jurídica; na época de Jesus, quando os réus pagavam a conta, recebiam uma placa com os dizeres “tudo está consumado”.

Depois da morte de Jesus, não lhe quebraram as pernas, mas um soldado abriu-Lhe o lado com uma lança e logo saiu sangue e água.

Diga ao Senhor que você será para sempre d’Ele, que pecado nenhum, que nada possa afastá-lo de Deus.

Transcrição e adaptação: Elcka Torres

 

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.