Seja mister pentecostes onde quer que você vá. Não perca tempo!
O Evangelho começa dizendo que Jesus contou a parábola para mostrar aos discípulos a necessidade de rezar sempre e nunca desistir. Essa é uma necessidade tão grande quanto respirar. Se alguém lhe tira respiração, em poucos minutos você vai a óbito.
Na alegria, na tristeza, na dificuldade, na tribulação, quando a morte bater à porta da minha casa, se eu perder tudo, não puder mais cantar ou tocar, mesmo assim eu adoro. Enquanto você toca, você adora, mas será necessário permanecer quando você não puder mais tocar.
Aconteça o que acontecer, é necessário adorar sempre e nunca desistir. Eu como músico não vou desistir.
A parábola da Santa Missa de hoje diz de um juiz iníquo que afirmava não temer a Deus, nem respeitar homem algum. É preciso observar a coragem daquela viúva que insiste com ele, que acaba cedendo, esta passagem também diz: “E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar?”
Já lhe aconteceu de acordar no meio da noite e você estar rezando? Feliz de você se é assim. Talvez você não seja dessa maneira, mas é preciso que seu espírito esteja de tal maneira mergulhado na adoração que a noite quando estiver dormindo seu espírito esteja acordado. Durante o dia, é preciso que você esteja mergulhado na oração, nas coisas ordinárias.
Precisamos da adoração tanto quanto da respiração. Somos acostumados com a promessa de Jesus em que diz: “Pedi e recebereis, buscai e acharei, batei a porta e abrir-se-vos-á”. Uma coisa está ligada a outra, se você pede, recebe; se busca, encontra, se bater a porta, será aberta… A oração é como ginástica, quanto mais você pratica mais afiado você fica. Usei de propósito a palavra praticar, porque é isso. É como um esporte a natação, pilates ou outro.
Quando você está acostumado a orar e chega um momento em que não consegue, a oração não vem, não brota, você ora. Você pode estar diante do Senhor sem gozo, sem vontade, mas o seu coração, o seu espírito ora. É impressionante parece que essa oração em que é preciso esforço é mais gostosa do que aquela oração do impulso.
Músicos adoradores participam da Missa com Monsenhor Jonas Abib – Foto: Daniel Mafra
No final do Evangelho, há uma frase intrigante: “Mas o filho do Homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?”; isto está nos falando a respeito da vinda do Senhor. A fé estará enfraquecida. É só olhar para o mundo em que vivemos e ver como a fé está arrefecendo.
A grande graça que Deus deu ao mundo foi o derramamento do Espírito Santo. Daqui uns dias, celebraremos os 50 anos deste acontecimento. Graças a Deus, isso trouxe uma nova chama para a Igreja.
Em 1967, aconteceu o derramamento do Espírito Santo em Duquesne, mas também, naquela época, aconteceu a revolução da juventude com uma grande involução moral, com a explosão sexual e erótica. Quantos estragos, quantas famílias desmoronadas, com isso também a prática religiosa e a própria fé foi diminuindo.
Nós que recebemos a efusão do Espírito Santo precisamos ser sal e luz para este mundo que está apodrecendo. Precisamos salgar, fermentar, iluminar a vida das pessoas. Temos que ser carismáticos, agir como tal e levar o batismo no Espírito Santo. Aconteça o que acontecer, aguenta firme!
Minha experiência com o Espírito Santo foi em 1971, e você não sabe o quanto eu sofri! As interrogações eram bárbaras, foram anos e anos de muitos acontecimentos e muitas incompreensões. Como eu sofria! Era posto a prova, deixado de lado, mas se fosse apenas ser deixado de lado, tudo bem, mas não era. Quantos foram os ataques, as apunhaladas. Hoje, é fácil ser Renovação Carismática Católica, existem dificuldades, porém não se compara às dos inícios. Seja realmente um carismático.
Havia um senhor da África do Sul, David, que era chamado de mister Pentecostes, pertencia a uma primitiva Igreja protestante pentecostal. Ele estava em qualquer lugar ajudando as pessoas a orar em línguas, falando dos dons do Espírito e levando a efusão do Espírito. Certa vez, tive a graça de estar com ele, que não perdeu tempo em nos falar dos dons do Espírito. Seja mister Pentecostes onde quer que você vá, não perca tempo!
Cantando ou tocando, seja mister Pentecostes por aquilo que Jesus diz: “Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?”. Se você for carismático e levar o batismo no Espírito Santo, quando o Senhor vier, ele vai encontrar uma chama flamejante.
Monsenhor Jonas Abib reza pelos músicos adoradores – Foto: Daniel Mafra
Talvez você esteja como um gaiato aí e ainda não saiba, mas nós já estamos numa luta espiritual, numa grande batalha.
“Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares. Tomai, portanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever. Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz. Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus. Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos” (Efésios 6,10-18).
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Revestir da armadura de Deus quer dizer que ela penetre em você, não é contra qualquer um que estamos lutando, é contra o demônio; e quanto mais estiver próxima a vinda do Senhor, mais intensa será a luta. Nossa luta não é contra a política ou a economia, não! A nossa luta é contra o demônio. Por isso precisamos nos revestir da armadura de Deus porque já estamos nos dias maus. Precisamos estar inabaláveis, por pior que esteja a luta.
Ficai alerta! Esta é a primeira coisa: “não deixe o cachimbo cair”. Você deve estar alerta, cuidadoso como uma sentinela. Em tudo, a verdade, e somente a verdade, neste mundo de mentiras que nos contamina. Você não pode se deixar contaminar pela mentira, seja sempre da verdade. Sejamos justos, neste mundo de injustiças e corrupção.
Ontem fiquei com vergonha de ser brasileiro por causa da situação em que se encontra o país. Quanta corrupção, quanta injustiça, todo este dinheiro desviado poderia ser direcionado para o bem e o benefício de muitos! Quanto mais perto da vinda do Senhor, maior será a corrupção, então o Senhor está pertinho.
Os pés calçados que a Palavra diz não é com rasteirinhas, mas com vestimenta de soldados. Precisamos estar prontos, atentos e velozes para anunciar o Evangelho. Sobretudo é preciso embraçar o escudo da fé. Aconteça o que acontecer, você deve afirmar que crê, por mais que você sofra ou diante da morte. Creia! Meu filho, minha filha, aguenta firme!
Por mais duro, por mais incompreensível que seja, eu creio! É muito bom cantar, é muito bom realizar os dotes que Deus deu, mas o músico adorador não pode ficar só no bem-bom. É certo que a dor, o sofrimento, a incompreensão vai bater à sua porta, nesta hora você deve dizer: “Eu creio”.
O maligno vem com dardos inflamados com fogo. Portanto, devemos tomar o capacete da salvação, isso quer dizer assumir a salvação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Eu sou salvo, porém, eu preciso conquistá-la, dia após dia, não posso deixar-me levar pelo pecado, nem pela fé do mundo. Pelo contrário, tenho que empunhar o capacete da salvação e a espada do espírito, que é a Palavra de Deus.
Se você tem o dom da pregação, use. Não deixe de usá-lo por nada neste mundo. Mas se você não tem o dom da pregação, fale às pessoas no “tu a tu”. Elas precisam conhecer Jesus, e você é o instrumento para isso. A Palavra de Deus já contém o Espírito Santo, que é uma espada.
Todos os dias de manhã e à tarde, eu oro em línguas, eu preciso orar em línguas. Não faço mais que minha obrigação, é preciso que seja assim. Você é ou não é carismático. Não adianta falar aqui agora que você é, se depois não vai viver.