Lucas Reis e Bruna Marta

Tudo é providência. A beleza da espera!

Hoje, estamos aqui reunidos para testemunhar a vontade de Deus em nossa vida e, de forma especial, refletir sobre a santidade universal. A Igreja, em continuidade com os ensinamentos de Padre Jonas Abib, sempre acreditou que a santidade é para todos. Por isso iremos refletir que tudo é providência e logo a espera tem sua beleza.

A Santidade no Dia a Dia e o Concílio Vaticano II

É importante fazer uma breve introdução histórica. A Igreja, desde sempre, acreditou na santidade universal. O Concílio Vaticano II veio atestar essa fé, que já era parte intrínseca do cristianismo. No entanto, por um certo período, talvez tenhamos acreditado que a santidade era reservada principalmente a freiras, religiosos e sacerdotes, que possuem uma graça e uma vocação muito específicas.

Essa percepção pode ter levado à ideia de que o sacramento do matrimônio seria de “segunda categoria”, um caminho para a santidade, sim, mas talvez não tão “santo” quanto a vida religiosa ou sacerdotal. Contudo, a Igreja sempre acreditou e Padre Jonas Abib sempre defendeu a santidade no dia a dia, a santidade de um casal, de um homem e uma mulher de Deus.

Essa crença na santidade cotidiana foi tão forte para Padre Jonas que Deus o convenceu de que a Canção Nova não seria formada apenas por sacerdotes ou celibatários – dons preciosos, sem dúvida –, mas também por famílias. Famílias novas, como novas células, para uma nova santidade.

São Pio X e a Valorização do Matrimônio

Para ilustrar essa verdade, gostaria de compartilhar um testemunho inspirador sobre São Pio X. Esse grande Papa, que foi bispo na Itália antes de se tornar Sumo Pontífice.

Uma história marcante sobre São Pio X aconteceu quando ele foi ordenado bispo. Ele, que usava o anel episcopal, foi cumprimentar sua mãe. Quando ela se preparava para beijar seu anel, ele a impediu, dizendo: “Não, mãe, antes que a senhora beije meu anel episcopal, eu preciso beijar a sua aliança!” E não só a dela, mas também a aliança de seu pai.

Ele explicou o motivo: “Sabe por que, mãe? Sabe por que, pai? Eu estou beijando a sua aliança, porque se hoje eu posso usar esse anel episcopal, é porque a senhora, mãe, é porque o senhor, pai, foram fiéis a essa aliança do matrimônio. Porque se vocês não tivessem sido fiéis à aliança do matrimônio, eu hoje não teria usado o anel episcopal.”

Essa história ressalta uma verdade profunda: os estados de vida na Igreja não se contradizem, ao contrário, eles se complementam. É uma graça imensa podermos viver essa experiência de complementaridade aqui na Canção Nova.

Confira a pregação completa no vídeo abaixo:

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